Semana passada, dia 14, foi lançado oficialmente o álbum de estreia da cantora norte-americana Melanie Martinez, o Cry Baby. Ela ficou conhecida por sua participação na terceira temporada do The Voice US, onde fazia versões quirky dark e diferentes de músicas conhecidíssimas pelo público. Com músicas já conhecidas e presentes no EP Dollhouse, Melanie faz uma estreia sólida com seu primeiro álbum.
A primeira é a faixa-título Cry Baby, onde conhecemos a personagem, persona, alter-ego etc de Melanie. O álbum tem o conceito de contar a história dessa personagem, infantilizada, mas que passa por situações adultas e obscuras (Tag You're It e Milk and Cookies), de uma forma crua e irônica. Das faixas já conhecidas, Dollhouse e Carousel, no contexto do álbum podemos ver como elas funcionam ainda mais. Sippy Cup que atua como uma continuação de Dollhouse, também já era conhecida pois saiu antes do álbum, mas não deixa de ser ótima. Soap, outra conhecida, é uma das melhores faixas em termos de produção, onde as batidas da música têm som de bolhas de sabão estourando.
Em Training Wheels vemos um lado mais romântico de Melanie que ainda não havia aparecido, e a música é bonitinha, ótima pra mandar pro crush. Mas se você tá mais pra destruidora e quer terminar tudo com a pessoa, a escolhida pra você é Alphabet Boy, uma break-up song maravilhosa e com níveis de shade tão altos que fiquei orgulhoso.
Mas o ápice do álbum fica ali pro final com a dobradinha Pacify Her e Mrs Potato Head. A primeira é simplesmente a melhor música do álbum, com uma letra fantástica (onde a Cry Baby abraça seu lado dark homewrecker) e um arranjo melhor ainda. E a segunda tem uma letra sensacional que questiona os padrões de beleza da sociedade atual.
E você, já ouviu o Cry Baby? Tá esperando o que, amiga? Ah, lembrando que a Melanie faz show dia 27 de novembro em São Paulo e dia 29 no Rio de Janeiro (e se você já sabia disso e tá chorando porque não vai, vamos chorar juntos).