segunda-feira, 13 de julho de 2015

Desafio Literário 2015: Que Seja Escrito Por Uma Mulher: Eleanor & Park

Eu procurei Eleanor & Park para comprar por mais ou menos um ano, e eu nunca achei. Minha vontade de ler começou pelo Tumblr, e eu tinha me prometido que esse seria o primeiro livro da Rainbow Rowell que eu iria ler. Primeiro livro, porque eu já li um conto dela que está em outro livro. Enfim, procurei, procurei e não achei. Até que no começo de junho o e-book entrou em promoção na Amazon, e eu comprei e mandei para o meu Kindle sem nem pensar. E por um mês ele ficou lá, lindo no Kindle, me olhando, me questionando se nunca seria lido. Um dia eu estava meio a toa (sem poder), e tudo que eu tinha comigo era o Kindle. Comecei a ler Eleanor & Park, e quando percebi, dois dias depois, estava carregando o Kindle comigo para uma festa porque ele me dizia que só faltavam dez minutos para eu terminar a leitura. 


Eleanor e Park são dois jovens de 16 anos que estudam na mesma escola, e sentam um ao lado do outro no ônibus, e cuja relação se desenvolve ao longo do ano escolar. Eleanor vem de uma casa complicada, pais separados, padastro completamente psicótico, e quatro irmãos mais novos. Já Park vem de uma família coreano-americana, com pais que se amam, e um irmão pra quem ele não liga muito.
A relação deles começa com quadrinhos, e passa para música, e aos poucos os dois vão se conhecendo melhor, e gostando cada vez mais do outro. Além das referências à cultura pop, e da óbvia história de amor, o livro trata de temas como bullying, auto-imagem, preconceitos, e problemas familiares.
Enquanto lia o livro, eu tinha certeza que estava lendo um dos melhores young-adult que já havia lido, a forma como Rainbow Rowell desenvolve a história e os personagens é excelente, fazendo você sentir as emoções deles, e trazendo lembranças de como é se apaixonar pela primeira vez (ou pelo menos achar que está apaixonado). Mas quando eu terminei a leitura, eu fiquei em dúvida se havia gostado tanto. O final não me convenceu a princípio, e eu fiquei com um pouco de raiva. Mas depois de pensar um pouco, ele foi excelente. Não havia outro modo de terminar a história de Eleanor e Park, e foi a coisa mais certa a se fazer por eles.
Como eu comecei a ler o livro sem pensar muito no Desafio, eu fiquei em dúvida de qual item riscar da lista. Pensei em ser o do "autor que você nunca tenha lido antes", mas eu já havia lido um trabalho da Rainbow Rowell antes. Então decidi que esse seria o do item "que seja escrito por uma mulher". Geralmente, eu leio mais livros escritos por mulheres, já que autoras femininas povoam as estantes de young-adult que eu tanto gosto, e Rainbow Rowell acaba de entrar para a minha lista de "autoras que eu preciso ler tudo". 


segunda-feira, 6 de julho de 2015

Desafio Literário 2015: Que Já Tenha Te Feito Chorar: Um Dia

Amizade, amor, encontros e desencontros. Essa é a história de "Um Dia" de David Nicholls. Emma Morley e Dexter Mayhell se conhecem no dia em que os dois estão se formando na faculdade, e o que parecia ter sido apenas uma noite juntos, se desdobra ao longo de anos. 
A história é narrada em terceira pessoa, passando por diversos pontos de vista, mas, em sua maioria, nos de Emma e Dexter. Por vinte anos, vemos o que acontece a cada dia 15 de julho, dia de São Swithun. Passamos pelos vinte e poucos anos, e chegamos até os trinta e tantos anos dos personagens, observando as mudanças ocorridas em suas vidas, as dificuldades pelas quais passarão, as alegrias. O desenvolvimento dos personagens é primoroso, e, apesar de ter espaço para lacunas, nada parece sem explicação, mesmo que seja apenas nas entre-linhas. 
Outro ponto positivo do livro é que a história parece real. Nicholls não escreve nada fantasioso e absurdo, e em alguns momentos eu me peguei me identificando com algumas situações. No entanto, apesar de todo o realismo, eu não gostei do final, e o achei um pouco desnecessário.
Quanto aos personagens, eu me apaixonei por Emma logo no começo, e achei a jornada dela esperançosa. Já Dexter... Eu não gostei dele. Achei uma pessoa detestável na maioria das vezes, que não me inspirou nem um pouco de simpatia. 
Mas, afinal, por que o livro está riscando o item do choro? Bom, acho que isso é auto-explicativo. Eu chorei durante dois momentos distintos do livro, que eu não vou mencionar, porque spoilers. E acho que o choro me fez gostar mais do livro. Geralmente, eu gosto muito dos livros que me fazem chorar, porque eles me fazem sentir.