Sete temporadas se passaram e o que todos temiam aconteceu: Parks and Recreation foi finalizada. E se eu tivesse que definir o que estou sentindo em uma frase...
Para quem não tem felicidade completa na vida, aqui vai uma sinopse curta e rápida: Parks and Recreation é uma série de comédia da NBC, que segue o formato de "documentário", acompanhando os funcionários do departamento de parques e recreação da fictícia cidade de Pawnee, Indiana. Mas, verdade seja dita, Parks é muito mais que isso. É uma série genuinamente engraçada, não é apelativa, e tem personagens maravilhosos, que te ensinam tanto. Gente, eu vou pedir desculpa de uma vez, esse post vai ficar completamente cheesy, mas não tem outro jeito. Parks é o tipo de série que me faz ficar assim, e eu estou chorando desde terça porque acabou. Eu não consegui superar ainda.
Para falar de Parks é imprescindível falar de Leslie Knope. A personagem de Amy Poehler ama trabalhar no governo, e dedicou toda sua vida a isso. Quando criança Leslie provavelmente já estava montando um fichário com seu plano de carreira futuro, culminando na presidência dos Estados Unidos. E é a paixão que Leslie dedica a seu trabalho e seus amigos que move a série (as vezes a paixão por waffles também move uns plots).
Outra coisa maravilhosa sobre a Leslie é que ela é uma personagem completamente feminista, e isso é aludido constantemente na série. Só para citar alguns exemplos: em um episódio Leslie levanta a questão de diversas áreas do governo de Pawnee não terem mulheres trabalhando, e quando os homens tentam justificar esse problema falando que mulheres não são capazes de realizar o mesmo tipo de trabalho que homens, a Leslie convoca a April e as duas provam que mulheres podem sim fazer as mesmas coisas.
Mas a Leslie ser maravilhosa não para por aí. Transborda dela, e inunda tudo ao redor. A amizade dela com Ann Perkins, a personagem da Rashida Jones, começa junto com a série, e nós a vemos sendo desenvolvida e crescendo ao longo dos episódios. E é lindo ver uma amizade entre duas mulheres tão forte na TV. E é sempre bom aprender novos elogios para falar com os amigos (meu favorito é beautiful tropical fish).
Outra amizade da Leslie que eu acho sensacional é com o Ron. Os dois são completamente opostos, a não ser que o assunto seja café da manhã, mas, além de conseguirem trabalhar juntos, são melhores amigos. Quando se trata de ajudar um ao outro, eles estão sempre lá, cada um de sua maneira, seja mais efusivamente (Leslie, obviamente), ou mais silenciosamente (Ron). E apesar de alguns problemas, o que é completamente normal, tudo sempre fica bem. Além do fato que Ron fucking Swanson é simplesmente sensacional.
E como falar das relações da Leslie com os outros personagens e não falar do Ben? Se eu fosse fazer um dicionário de termos de internet, Ben e Leslie seriam a definição de OTP (One True Pairing). Os dois são meu casal favorito da série, e são perfeitos um para o outro, e é lindo ver como eles estão constantemente se apoiando, sempre procurando resolver as coisas de uma maneira que seja boa para os dois, e, ai, esses dois são lindos demais.
April, Andy, Donna, Jerry/Terry/Garry, Tom, Chris... Eu queria tanto falar de todos, mas esse post já está muito gigantesco, e como eu quero que vocês leiam tudo, eu vou deixar as coisas mais interativas.
A April sempre foi uma personagem que eu amei. O jeito dela é completamente sarcástico, e ela diz não se importar com nada, mas por dentro ela é completamente o contrário, e eu acho maravilhoso. Além do fato de que eu amo o tipo de humor que ela gera.
O Andy começou como um personagem insuportável, mas acabou virando um amor. Ele é meio bobo na maioria do tempo, mas é esforçado e sempre ajuda todo mundo. Gente, (SPOILER pra quem não viu) ele fechou o teste escrito da prova de polícia, mas foi reprovado porque ele era muito bonzinho.(Acabou spoiler). Sem contar que ele com a April é muito fofo.
A Donna é maravilhosa! Ela é o tipo de personagem que eu não consigo explicar o quão maravilhosa, sem contar que tem uma das melhores dicas de vida da série.
O Jerry (dscp, Jerry, só vou te chamar de Jerry pra sempre) é muitas vezes o alívio cômico, e o bode expiatório dos problemas do parks department. Mas o sensacional é que apesar dele parecer ser um desastre em forma de gente, ele tem uma vida sensacional com a família dele. E no final das contas, todo mundo que trabalha com ele gosta dele. Mesmo que ninguém tenha coragem de admitir.
O Tom... As vezes eu amo, as vezes eu não suporto. Mais não suporto do que gosto. Na maioria das vezes ele é imaturo, irresponsável, insuportável. Ele aprendeu muito com os milhões de erros, e acabou melhorando. Mas nem tanto. Até na última temporada tinham uns episódios que eu queria bater nele. Na verdade, eu acho que quis bater nele no finale.
O Chris é literalmente o personagem mais desajustado da série. Porque eu literalmente nunca vi alguém tão desesperado com tudo. Mas, para falar a verdade, as vezes eu literalmente me identifico com ele. Porque sempre temos momentos de desespero.
Isso falando só dos personagens principais. Porque tem tantos outros maravilhosos. Alguns que apareceram em um episódio só, ou que voltaram várias vezes. E a série teve cenas memoráveis, acontecimentos que marcaram. Foram tantos momentos ao longo de sete temporadas que eu poderia ficar aqui para sempre. E ainda ia ser difícil explicar tudo. Porque Parks é o tipo de série que não te faz só rir. Parks me fez pensar, refletir. Sentir. E agora esse texto ficou mais cheesy que o previsto. E é por causa disso que Parks and Recreation é minha série de comédia favorita. E se você ainda não viu, dê uma chance. Mas eu já te aviso que você provavelmente vai ficar igual a mim e ao Andy quando terminar.
Farewell, Parks. I loved you and I liked you.